Nos tratamentos de inseminação intrauterina (média complexidade), a fertilização ocorre no próprio organismo e não necessita de uma estrutura de laboratório complexa nem ambiente cirúrgico para sua realização. Além disso, utilizam protocolos simples e de baixo risco para estimulação ovariana, sendo mais fáceis de ser realizados pelo ginecologista geral.
Já na alta complexidade, a fertilização ocorre no laboratório, por isso chamamos fertilização in vitro (FIV), necessitando de um equipamento laboratorial sofisticado além de envolver protocolos mais complexos de estimulação ovariana.
Para definirmos o melhor tratamento é importante uma avaliação completa do casal para saber se devemos começar por algo mais simples ou se seria indicado ir direto para o de alta complexidade. Isso se justifica, pois, qualquer tratamento, por mais simples que seja, envolve desgaste emocional e frustração se o resultado for negativo. Assim, é necessária uma pesquisa mínima da fertilidade antes da indicação de um determinado tratamento para que não se insista em uma opção com baixa chance de sucesso.
Quais os exames mínimos necessários?
1. Espermograma completo;
2. Histerossalpingografia ou videolaparoscopia;
3. Ultrassonografia endovaginal;
4. Dosagens hormonais – FSH e LH (do 3º ao 5º dia do ciclo), TSH, T4 livre e prolactina;
5. Avaliação da reserva ovariana;
6. Sorologias do casal.
Os principais requisitos que determinam a possibilidade de tratamento de baixa complexidade são:
• permeabilidade tubária (comprovada por histerossalpingografia ou laparoscopia);
• espermograma com morfologia normal e processamento seminal com mais de cinco milhões de espermatozoides móveis.
Nos casos em que estes requisitos não forem preenchidos, recomenda-se, com o entendimento e consentimento do casal, a indicação da FIV. Há ainda outros fatores que não são excludentes de um tratamento de baixa complexidade, mas muito importantes na decisão: idade, tempo de infertilidade e fatores de infertilidade associados. Idade maior que 37 anos, tempo de infertilidade maior que cinco anos, reserva ovariana baixa e endometriose moderada/grave são mau prognóstico para baixa complexidade, assim esses casos devem ser avaliados criteriosamente, um a um.
Não se deve esquecer ainda que pesam nessa decisão: a ansiedade, a vontade e a disponibilidade financeira do casal.
INSEMINAÇÃO INTRAUTERINA (MÉDIA COMPLEXIDADE)
A inseminação intrauterina é a introdução no interior do útero de sêmen preparado no laboratório, com objetivo de se obter gestação. A inseminação aproxima o(s) óvulo(s) dos espermatozoides para que a fertilização ocorra naturalmente na tuba uterina.
As indicações da inseminação intrauterina são:
• falha em três a seis ciclos de coito programado;
• fator cervical;
• Infertilidade Sem Causa Aparente (ISCA);
• endometriose mínima ou leve;
• anovulação;
• incapacidade de depositar o sêmen na vagina (hipospádia, ejaculação retrógrada, impotência neurológica);
• alteração seminal leve.
TAXAS DE SUCESSO
Quanto à taxa de sucesso dos tratamentos de baixa complexidade, ela está muito relacionada com a causa da infertilidade, mas é inferior à das técnicas de alta complexidade.
Em pacientes anovulatórias, temos uma taxa de ovulação de 70% a 80% com estimulação ovariana e, quando esta é a única causa de infertilidade, a taxa de gravidez com coito programado chega até a 20-25% por ciclo, com uma taxa de gravidez cumulativa em seis meses de até 60-75% nestes casos. Após este tempo, o prognóstico é ruim. Em outros casos, as chances com coito programado são baixas.
Na inseminação intrauterina em pacientes abaixo de 30 anos, a taxa de gravidez é de 15% a 20%, mas acima de 37 anos cai para 6,2%. Quando levamos em consideração a causa, tem melhores resultados quando ela é ovulatória, por fator masculino leve ou sem causa aparente. Alterações tubárias e endometriose têm chances reduzidas.
Nas pacientes com infertilidade sem causa aparente, a inseminação tem melhores resultados que o coito programado quando associada à estimulação ovariana. E o uso de gonadotrofinas tem resultados melhores que indutores orais.
A maioria das gestações acontece nos primeiros quatro meses de tratamento. Nos casos em que o casal não engravida após seis meses de tratamento, outras técnicas de reprodução assistida devem ser consideradas, sempre individualizando o caso, levando-se em consideração a idade da paciente, um dos principais fatores prognósticos de sucesso dos tratamentos, o tempo de infertilidade e a causa.
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Geralmente, um casal só descobre que apresenta algum fator relacionado à infertilidade quando começa a tentar engravidar e não consegue.
Alterações nas tubas uterinas, síndrome dos ovários policísticos; que cursa com dificuldade de ovulação e ciclos menstruais bastante irregulares; e a endometriose, associada a cólicas menstruais, dor para ter relação e alterações intestinais, são alguns dos principais fatores nas mulheres.
Enquanto que a varicocele, varizes nos testículos que podem iniciar desde a adolescência e cursar com dor local e edema (inchaço) é o principal problema ligado aos homens.
Após um ano de relações sexuais no período fértil sem prevenção. Caso a mulher tenha mais que 35 anos orientamos investigação após seis meses de tentativas.
Antes de iniciar qualquer tratamento o casal deve ser avaliado clinicamente por um especialista. A seguir exames laboratoriais e de imagem serão solicitados conforme a hipótese diagnóstica.
Para as mulheres os exames iniciais são: perfil hormonal e ultrassom transvaginal para avaliação da reserva ovariana e histerossalpingografia (exame que avalia as tubas e a cavidade uterina).
Para os homens o espermograma (pelo menos duas amostras em tempos diferentes) é o principal exame, sendo os demais solicitados conforme o caso.
Coito programado – Baseia-se na indução da ovulação com medicamentos geralmente via oral e em menor dose, que agem direta ou indiretamente nos ovários estimulando-os a produzir óvulos. Esta indução é monitorada através de ultrassom transvaginal sendo o casal orientado a ter relações no período ideal.
Inseminação artificial – Consiste em concentrar e injetar diretamente os espermatozoides na cavidade uterina após a indução da ovulação com os hormônios. É indicada principalmente em fatores cervicais (colo uterino) e nos casos de alterações discretas no espermograma.
FIV clássica – Também conhecida como “bebê de proveta”. Consiste em indução e maturação dos óvulos com hormônios, coleta dos óvulos e fertilização dos mesmos em laboratório, ou seja, reunir o óvulo maduro com o espermatozoide para formar um embrião. Após 3 a 5 dias, o embrião é transferido diretamente no útero.
FIV por ICSI – A ICSI (injeção intra-citoplasmática de espermatozoides) é uma técnica na qual um espermatozoide é introduzido diretamente em um óvulo maduro com auxilio de microscópio em laboratório. A ICSI é indicada em casos de fatores masculinos graves.
Congelamento de óvulos ou embriões – Mulheres ou casais que desejem preservar a fertilidade para postergar a maternidade ou previamente ao uso de medicações tóxicas aos óvulos, como a quimioterapia, por exemplo, podem ser submetidos aos tratamentos de FIV com posterior congelamento dos óvulos ou embriões. Homens que serão submetidos a procedimentos cirúrgicos ou quimioterápicos podem também congelar os espermatozoides.
Cada casal deve ser analisado individualmente. O coito programado e a inseminação intra-uterina são considerados técnicas de baixa complexidade, geralmente indicadas para os casos mais simples.
A FIV e a ICSI, técnicas de alta complexidade são empregadas nos casos em que as demais técnicas não puderam ou poderão solucionar.
A infertilidade está sempre atrelada a uma causa. Ao longo do tempo afecções como a endometriose e a varicocele, por exemplo, podem evoluir para uma piora do quadro e dificultar o resultado dos tratamentos.
Além disso, outros fatores relacionados ao estilo de vida, como o tabagismo e a obesidade, e principalmente a proximidade dos 40 anos no caso das mulheres podem comprometer os resultados.
Nosso trabalho proporciona a oportunidade ímpar e fascinante de participar e colaborar com a realização do sonho mais importante para a grande maioria das pessoas, o início de uma nova vida e o sonho de ser pai e mãe.
Cada casal que acompanhamos se torna parte de nossa história, a medicina só pode ser exercida em sua plenitude quando a técnica é regida pelo coração.
Unidade Recife:
(81) 3222-1775 (81) 99633-2292 Av. Agamenon Magalhães, 63, Derby, Recife-PE
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(81) 3722-2917 (81) 99224-5550 Rua Raul Paranhos, 139, Sala 109, Mauricio de Nassau, Caruaru-PE
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Quais os principais sinais e sintomas que podem levar o casal a pensar que é infértil?
Geralmente, um casal só descobre que apresenta algum fator relacionado à infertilidade quando começa a tentar engravidar e não consegue.
Alterações nas tubas uterinas, síndrome dos ovários policísticos; que cursa com dificuldade de ovulação e ciclos menstruais bastante irregulares; e a endometriose, associada a cólicas menstruais, dor para ter relação e alterações intestinais, são alguns dos principais fatores nas mulheres.
Enquanto que a varicocele, varizes nos testículos que podem iniciar desde a adolescência e cursar com dor local e edema (inchaço) é o principal problema ligado aos homens.
Quando devo procurar um especialista?
Após um ano de relações sexuais no período fértil sem prevenção. Caso a mulher tenha mais que 35 anos orientamos investigação após seis meses de tentativas.
Quais os principais exames?
Antes de iniciar qualquer tratamento o casal deve ser avaliado clinicamente por um especialista. A seguir exames laboratoriais e de imagem serão solicitados conforme a hipótese diagnóstica.
Para as mulheres os exames iniciais são: perfil hormonal e ultrassom transvaginal para avaliação da reserva ovariana e histerossalpingografia (exame que avalia as tubas e a cavidade uterina).
Para os homens o espermograma (pelo menos duas amostras em tempos diferentes) é o principal exame, sendo os demais solicitados conforme o caso.
Quais os principais tratamentos?
Coito programado – Baseia-se na indução da ovulação com medicamentos geralmente via oral e em menor dose, que agem direta ou indiretamente nos ovários estimulando-os a produzir óvulos. Esta indução é monitorada através de ultrassom transvaginal sendo o casal orientado a ter relações no período ideal.
Inseminação artificial – Consiste em concentrar e injetar diretamente os espermatozoides na cavidade uterina após a indução da ovulação com os hormônios. É indicada principalmente em fatores cervicais (colo uterino) e nos casos de alterações discretas no espermograma.
FIV clássica – Também conhecida como “bebê de proveta”. Consiste em indução e maturação dos óvulos com hormônios, coleta dos óvulos e fertilização dos mesmos em laboratório, ou seja, reunir o óvulo maduro com o espermatozoide para formar um embrião. Após 3 a 5 dias, o embrião é transferido diretamente no útero.
FIV por ICSI – A ICSI (injeção intra-citoplasmática de espermatozoides) é uma técnica na qual um espermatozoide é introduzido diretamente em um óvulo maduro com auxilio de microscópio em laboratório. A ICSI é indicada em casos de fatores masculinos graves.
Congelamento de óvulos ou embriões – Mulheres ou casais que desejem preservar a fertilidade para postergar a maternidade ou previamente ao uso de medicações tóxicas aos óvulos, como a quimioterapia, por exemplo, podem ser submetidos aos tratamentos de FIV com posterior congelamento dos óvulos ou embriões. Homens que serão submetidos a procedimentos cirúrgicos ou quimioterápicos podem também congelar os espermatozoides.
Qual é o melhor tratamento?
Cada casal deve ser analisado individualmente. O coito programado e a inseminação intra-uterina são considerados técnicas de baixa complexidade, geralmente indicadas para os casos mais simples.
A FIV e a ICSI, técnicas de alta complexidade são empregadas nos casos em que as demais técnicas não puderam ou poderão solucionar.
Quais fatores podem dificultar meu tratamento?
A infertilidade está sempre atrelada a uma causa. Ao longo do tempo afecções como a endometriose e a varicocele, por exemplo, podem evoluir para uma piora do quadro e dificultar o resultado dos tratamentos.
Além disso, outros fatores relacionados ao estilo de vida, como o tabagismo e a obesidade, e principalmente a proximidade dos 40 anos no caso das mulheres podem comprometer os resultados.
Nosso trabalho proporciona a oportunidade ímpar e fascinante de participar e colaborar com a realização do sonho mais importante para a grande maioria das pessoas, o início de uma nova vida e o sonho de ser pai e mãe.
Cada casal que acompanhamos se torna parte de nossa história, a medicina só pode ser exercida em sua plenitude quando a técnica é regida pelo coração.
Unidade Recife:
(81) 3222-1775
(81) 99633-2292
Av. Agamenon Magalhães, 63, Derby, Recife-PE
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