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criado por Masbsoft

Injeção intracitoplasmática de espermatozoides

De 09 de Apr de 2020


O que é a Injeção Intracitoplasmática de Espermatozoides (ICSI)

O método consiste em injetar o espermatozoide diretamente dentro do óvulo, em um procedimento feito em laboratório, por isso é um tratamento que ocorre dentro da Fertilização In Vitro, quando necessário. O método foi realizado pela primeira na Bélgica no ano de 1992. Dois anos depois ele já foi trazido ao Brasil.

Como é feita a ICSI

Primeiro é preciso coletar os gametas do homem e da mulher para o procedimento. No caso do homem, eles podem ser obtidos pela masturbação. Caso não sejam encontrados espermatozoides no sêmen, eles podem ser retirados diretamente dos testículos através de uma punção ou uma biópsia. Já a mulher precisa tomar medicamentos para indução da ovulação (os mesmos utilizados no coito programado), que podem ser administrados via oral ou, mais frequentemente, via subcutânea através de injeções. Durante a estimulação, são realizados ultrassonografias seriadas para acompanhamento do crescimento dos folículos (local onde se encontram os óvulos). Quando os folículos atingem o tamanho adequado, é realizada a coleta de óvulos. Trata-se de uma aspiração de todos os folículos produzidos pelos ovários por uma agulha fina e guiada pelo ultrassom transvaginal. Nos casos em que não é encontrado espermatozóides no homem ou óvulo na mulher (por exemplo, na menopausa) pode ser indicado o uso de gametas doados.

Depois de feita as coletas, os gametas femininos e masculinos são levados ao laboratório. Inicialmente é feita uma seleção dos espermatozóides mais capacitados e um deles é injetado dentro de cada óvulo maduro. O procedimento é realizado com uma agulha bem fina e com ajuda de um microscópio. O risco de que o óvulo se rompa nesse processo é de 5%.

Geralmente 18 horas após a injeção, o embriologista irá verificar se ocorreu ou não a fertilização. Entre 24 a 48 horas depois, é conferido se embrião está se desenvolvendo. Esse é o chamado processo de clivagem. Se tudo deu certo, são selecionados os melhores embriões para serem colocados no útero da mulher, da mesma forma como é feito o processo de fertilização in vitro. A quantidade de embriões que podem ser colocados no útero depende da idade da mulher. Assim podemos transferir até 2 embriões em mulheres com até 35 anos, até 3 embriões em mulheres entre 36 e 39 anos e até 4 embriões em mulheres entre 40 e 50 anos. Nas situações de doação de óvulos e embriões, considera-se a idade da doadora no momento da coleta dos óvulos.

Eles são transferido usando o bico de pato (espéculo vaginal), semelhante ao usado no exame de Papanicolau, e um cateter bem fino. O procedimento todo é guiado com uso de ultrassom, e os embriões são depositados dentro do útero, a um centímetro do fundo. Entre 12 e 14 dias após a transferência é feito o exame de sangue para confirmar a gravidez.

Duração do tratamento

O tratamento pode durar de 15 a 40 dias, desde o início do uso dos remédios para indução de ovulação passando pela coleta dos gametas, a injeção do espermatozoide, a maturação do embrião, até sua transferência para o útero e a confirmação da gravidez. Em caso de insucesso, é possível fazer o procedimento novamente no próximo ciclo menstrual.

Para quem a ICSI é indicada

A técnica é usada nos casos de pacientes que precisam fazer a Fertilização In Vitro, mas que o homem tenha uma quantidade muito pequena ou nula de espermatozoides no sêmen ou então quando existem problemas graves na estrutura ou mobilidade desses gametas. Também pode ser indicada a homens que passaram por uma vasectomia que não possa ser revertida. Alguns homens que tenham sofrido algum trauma na medula espinha podem ter problemas de ereção e ejaculação e serem indicados para esse tratamento.

O que esperar da ICSI

Normalmente as porcentagens de sucesso do método variam de acordo com o número de embriões transferidos, a idade da mulher e a qualidade do laboratório. Mulheres com menos de 30 anos de idade, por exemplo, podem ter até 50% de chance de sucesso, enquanto essa taxa cai para de 15% após os 42 anos.

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Dúvidas

Saiba mais sobre as principais dúvidas e suas respostas

Geralmente, um casal só descobre que apresenta algum fator relacionado à infertilidade quando começa a tentar engravidar e não consegue.

Alterações nas tubas uterinas, síndrome dos ovários policísticos; que cursa com dificuldade de ovulação e ciclos menstruais bastante irregulares; e a endometriose, associada a cólicas menstruais, dor para ter relação e alterações intestinais, são alguns dos principais fatores nas mulheres.

Enquanto que a varicocele, varizes nos testículos que podem iniciar desde a adolescência e cursar com dor local e edema (inchaço) é o principal problema ligado aos homens.

Após um ano de relações sexuais no período fértil sem prevenção. Caso a mulher tenha mais que 35 anos orientamos investigação após seis meses de tentativas.

Antes de iniciar qualquer tratamento o casal deve ser avaliado clinicamente por um especialista. A seguir exames laboratoriais e de imagem serão solicitados conforme a hipótese diagnóstica.

Para as mulheres os exames iniciais são: perfil hormonal e ultrassom transvaginal para avaliação da reserva ovariana e histerossalpingografia (exame que avalia as tubas e a cavidade uterina).

Para os homens o espermograma (pelo menos duas amostras em tempos diferentes) é o principal exame, sendo os demais solicitados conforme o caso.

Coito programado – Baseia-se na indução da ovulação com medicamentos geralmente via oral e em menor dose, que agem direta ou indiretamente nos ovários estimulando-os a produzir óvulos. Esta indução é monitorada através de ultrassom transvaginal sendo o casal orientado a ter relações no período ideal.

Inseminação artificial – Consiste em concentrar e injetar diretamente os espermatozoides na cavidade uterina após a indução da ovulação com os hormônios. É indicada principalmente em fatores cervicais (colo uterino) e nos casos de alterações discretas no espermograma.

FIV clássica – Também conhecida como “bebê de proveta”. Consiste em indução e maturação dos óvulos com hormônios, coleta dos óvulos e fertilização dos mesmos em laboratório, ou seja, reunir o óvulo maduro com o espermatozoide para formar um embrião. Após 3 a 5 dias, o embrião é transferido diretamente no útero.

FIV por ICSI – A ICSI (injeção intra-citoplasmática de espermatozoides) é uma técnica na qual um espermatozoide é introduzido diretamente em um óvulo maduro com auxilio de microscópio em laboratório. A ICSI é indicada em casos de fatores masculinos graves.

Congelamento de óvulos ou embriões – Mulheres ou casais que desejem preservar a fertilidade para postergar a maternidade ou previamente ao uso de medicações tóxicas aos óvulos, como a quimioterapia, por exemplo, podem ser submetidos aos tratamentos de FIV com posterior congelamento dos óvulos ou embriões. Homens que serão submetidos a procedimentos cirúrgicos ou quimioterápicos podem também congelar os espermatozoides.

Cada casal deve ser analisado individualmente. O coito programado e a inseminação intra-uterina são considerados técnicas de baixa complexidade, geralmente indicadas para os casos mais simples.

A FIV e a ICSI, técnicas de alta complexidade são empregadas nos casos em que as demais técnicas não puderam ou poderão solucionar.

A infertilidade está sempre atrelada a uma causa. Ao longo do tempo afecções como a endometriose e a varicocele, por exemplo, podem evoluir para uma piora do quadro e dificultar o resultado dos tratamentos.

Além disso, outros fatores relacionados ao estilo de vida, como o tabagismo e a obesidade, e principalmente a proximidade dos 40 anos no caso das mulheres podem comprometer os resultados.

Nosso trabalho proporciona a oportunidade ímpar e fascinante de participar e colaborar com a realização do sonho mais importante para a grande maioria das pessoas, o início de uma nova vida e o sonho de ser pai e mãe.

Cada casal que acompanhamos se torna parte de nossa história, a medicina só pode ser exercida em sua plenitude quando a técnica é regida pelo coração.

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