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criado por Masbsoft

Tratamento de Infertilidade

De 16 de Jan de 2020


Antes de pensar em qualquer tratamento de reprodução humana, existem orientações fundamentais a qualquer casal que queira engravidar. Inicialmente, é necessário realizar exames ante-natais, como sorologias para HIV, hepatite B e C, sífilis e rubéola. Além disso, no intuito de reduzir o risco de algumas malformações, está universamente indicada a suplementação com ácido fólico para mulher. Em relação a fertilidade, devemos orientar o casal a manter um peso adequado, hábitos saudáveis de vida e, em caso de tabagismo, tentar parar.

Após a investigação da causa da infertilidade, inicia-se, quando indicado, o tratamento adequado. Este pode ser feito através de cirurgias ou de procedimentos clínicos. A nomenclatura dos procedimentos que usamos no tratamento do casal infértil varia de acordo com cada serviço ou Sociedade Médica. Para fins didáticos, consideramos que as técnicas de reprodução humana incluem: a relação sexual programada (coito programado), a inseminação intra-uterina e a FIV. Em muitas situações, há mais de uma opção de tratamento. Nestes casos, dentre os fatores que determinam a escolha temos: idade da mulher, tempo de infertilidade, fatores associados e desejo do casal.

Tratamento Cirúrgico

O tratamento cirúrgico está indicado em algumas causas de infertilidade. São exemplos os miomas, os pólipos ou as malformações uterinas, as alterações tubárias corrigíveis e a endometriose. Atualmente, dá-se preferência aos procedimentos minimamente invasivos, como a laparoscopia e a histeroscopia. Em relação ao homem, pode-se considerar tratar cirurgicamente a varicocele ou realizar a reversão da vasectomia. Além disso, quando não há espermatozóides no sêmen ejaculado (azoospermia), podem ser necessários procedimentos cirúrgicos para a coleta dos espermatozóides do testículo (punção do testículo ou microdissecção do testículo) ou do epidídimo.

Relação sexual programada (Coito programado)

A relação sexual programada é indicada para a mulher que tem problemas na ovulação. É o tratamento mais simples em reprodução humana. A primeira etapa é a indução da ovulação, que é feita com medicações tomadas por via oral ou aplicadas por injeções subcutâneas. Neste período, o crescimento dos folículos ovarianos (cada folículo contém um óvulo) é controlado por exames de ultrassom. Quando os folículos atingem um tamanho adequado, aplica-se uma última medicação, que deflagra a ovulação propriamente dita. As relações sexuais são programadas e o teste de gravidez é feito após 14 dias.

A chance de gravidez com este tratamento é em torno de 15% por ciclo (ou tentativa). Apesar de parecer limitado, devemos lembrar que é um tratamento simples e que praticamente iguala a chance de engravidar a um casal infértil a de um casal fértil.

Inseminação intra-uterina

A inseminação intra-uterina é indicada para o casal em que o homem tem uma alteração leve a moderada do sêmen. Também pode ser usada em casos em que não se encontra o fator da infertilidade (infertilidade sem causa aparente) ou quanda há alterações leves. É um tratamento intermediário em reprodução humana. A indução da ovulação é feita de maneira semelhante a relação sexual programada. No entanto, em vez da relação sexual propriamente dita, faz-se a injeção do sêmen processado dentro do útero da mulher, utilizando-se um catéter delicado. O processamento seminal tem como objetivo separar os espermatozóides com boa motilidade. O teste de gravidez é feito após 14 dias.

A chance de gravidez com este tratamento é em torno de 15 a 20% por ciclo (ou tentativa). Novamente, é semelhante a chance por ciclo de um casal sem alterações.

Fertilização in vitro (FIV)

A FIV está indicada para inúmeros problemas sérios que levam a infertilidade, como alterações tubárias, endometriose, baixa qualidade dos óvulos e alteração importante do sêmen. É um tratamento de alta tecnologia em reprodução humana.

As etapas da FIV são: a indução da ovulação, a captação dos óvulos, a coleta dos espermatozóides, a fertilização no laboratório e a transferência dos embriões.

A indução da ovulação é realizada de maneira semelhante a relação sexual programada. No entanto, utilizamos preferencialmente medicações injetadas por via subcutânea e em doses maiores, para produzir um número maior de óvulos. Quando os folículos atingem um tamanho adequado, visto ultrassonograficamente, aplica-se a última medicação, que deflagra o amadurecimento dos óvulos. Em média, esta etapa dura em torno de 10 dias.

A captação dos óvulos é realizada 35 horas após a última medicação. É feita através da punção de cada folículo com uma agulha fina por via transvaginal. O procedimento é feito sob visão ultrassonográfica e anestesia. A coleta dos espermatozóides é realizada por masturbação, no mesmo dia da captação. Quando não há espermatozóides no sêmen ejaculado (azoospermia), podem ser necessários outros procedimentos para a obtenção dos espermatozóides (punção do testículo ou do epidídimo, por exemplo).

No laboratório, os óvulos captados são fertilizados pelos espermatozóides, formando os embriões. Atualmente, na maioria dos casos a fertilização é feita através da injeção do espermatozóide diretamente dentro do óvulo (ICSI).

Os embriões se desenvolvem no laboratório por 3 a 5 dias. Após este período, eles são transferidos para dentro do útero da mulher. Este procedimento é realizado com um catéter delicado e não há necessidade de anestesia. O teste de gravidez é feito após 9 a 11 dias.

Há alguns riscos associados a este tratamento. O mais comum deles é a gestação múltipla, que está associada a índices mais elevados de abortamentos, prematuridade e recém-nascidos de baixo peso. A Síndrome de Hiperestimulação Ovariana é rara e decorre das medicações hormonais usadas na indução da ovulação. O evento característico é uma resposta exagerada às drogas indutoras, que pode levar a dor abdominal, edema e retenção de líquidos. Em casos extremos há necessidade de interromper o tratamento e, até mesmo, de cuidados hospitalares. Outras complicações são: sangramentos após a punção ovariana, infecção pós-punção e torção de ovário.

Este tratamento oferece uma chance de gravidez em torno de 40%.

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Dúvidas

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Geralmente, um casal só descobre que apresenta algum fator relacionado à infertilidade quando começa a tentar engravidar e não consegue.

Alterações nas tubas uterinas, síndrome dos ovários policísticos; que cursa com dificuldade de ovulação e ciclos menstruais bastante irregulares; e a endometriose, associada a cólicas menstruais, dor para ter relação e alterações intestinais, são alguns dos principais fatores nas mulheres.

Enquanto que a varicocele, varizes nos testículos que podem iniciar desde a adolescência e cursar com dor local e edema (inchaço) é o principal problema ligado aos homens.

Após um ano de relações sexuais no período fértil sem prevenção. Caso a mulher tenha mais que 35 anos orientamos investigação após seis meses de tentativas.

Antes de iniciar qualquer tratamento o casal deve ser avaliado clinicamente por um especialista. A seguir exames laboratoriais e de imagem serão solicitados conforme a hipótese diagnóstica.

Para as mulheres os exames iniciais são: perfil hormonal e ultrassom transvaginal para avaliação da reserva ovariana e histerossalpingografia (exame que avalia as tubas e a cavidade uterina).

Para os homens o espermograma (pelo menos duas amostras em tempos diferentes) é o principal exame, sendo os demais solicitados conforme o caso.

Coito programado – Baseia-se na indução da ovulação com medicamentos geralmente via oral e em menor dose, que agem direta ou indiretamente nos ovários estimulando-os a produzir óvulos. Esta indução é monitorada através de ultrassom transvaginal sendo o casal orientado a ter relações no período ideal.

Inseminação artificial – Consiste em concentrar e injetar diretamente os espermatozoides na cavidade uterina após a indução da ovulação com os hormônios. É indicada principalmente em fatores cervicais (colo uterino) e nos casos de alterações discretas no espermograma.

FIV clássica – Também conhecida como “bebê de proveta”. Consiste em indução e maturação dos óvulos com hormônios, coleta dos óvulos e fertilização dos mesmos em laboratório, ou seja, reunir o óvulo maduro com o espermatozoide para formar um embrião. Após 3 a 5 dias, o embrião é transferido diretamente no útero.

FIV por ICSI – A ICSI (injeção intra-citoplasmática de espermatozoides) é uma técnica na qual um espermatozoide é introduzido diretamente em um óvulo maduro com auxilio de microscópio em laboratório. A ICSI é indicada em casos de fatores masculinos graves.

Congelamento de óvulos ou embriões – Mulheres ou casais que desejem preservar a fertilidade para postergar a maternidade ou previamente ao uso de medicações tóxicas aos óvulos, como a quimioterapia, por exemplo, podem ser submetidos aos tratamentos de FIV com posterior congelamento dos óvulos ou embriões. Homens que serão submetidos a procedimentos cirúrgicos ou quimioterápicos podem também congelar os espermatozoides.

Cada casal deve ser analisado individualmente. O coito programado e a inseminação intra-uterina são considerados técnicas de baixa complexidade, geralmente indicadas para os casos mais simples.

A FIV e a ICSI, técnicas de alta complexidade são empregadas nos casos em que as demais técnicas não puderam ou poderão solucionar.

A infertilidade está sempre atrelada a uma causa. Ao longo do tempo afecções como a endometriose e a varicocele, por exemplo, podem evoluir para uma piora do quadro e dificultar o resultado dos tratamentos.

Além disso, outros fatores relacionados ao estilo de vida, como o tabagismo e a obesidade, e principalmente a proximidade dos 40 anos no caso das mulheres podem comprometer os resultados.

Nosso trabalho proporciona a oportunidade ímpar e fascinante de participar e colaborar com a realização do sonho mais importante para a grande maioria das pessoas, o início de uma nova vida e o sonho de ser pai e mãe.

Cada casal que acompanhamos se torna parte de nossa história, a medicina só pode ser exercida em sua plenitude quando a técnica é regida pelo coração.

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